Dynasty Warriors: Origins realmente reinventa uma série de décadas

Dynasty Warriors é um lugar de conforto pra mim: A longa série da Omega Force conta a mesma história abrangente de reinos em cada edição, sempre com o objetivo de entregar seu conceito de combate “1v1000” com cada novo jogo.

Ao descobrir a série com Dynasty Warriors 2, voltei repetidamente ao longo dos últimos 25 anos para ver esse enorme elenco de personagens desempenhar seu papel na mesma história épica – desenvolvendo favoritos (olá, Guan Yu) pelo caminho simplesmente pelo tempo gasto com eles.

Então, foi com certa curiosidade que comecei a jogar o décimo jogo principal da série. O nome do jogo já diz o que você precisa saber: Dynasty Warriors Origins volta às raízes, uma reinvenção que vai além do que mudanças incrementais que os fãs estão acostumados da maioria das novas versões dessa série.

Pra começar, Origins conta uma história mais focada e profunda: na verdade, contando apenas a primeira metade da história que estamos acostumados, mas com muito mais detalhes adicionados ao longo do caminho.

A série de jogos Dynasty Warriors normalmente começa com os jogadores esmagando a Rebelião dos Turbantes Amarelos, uma batalha que coloca em movimento o Romance dos Três Reinos – o conto histórico semi-ficcional da antiga China no qual os jogos são baseados.

Mas o primeiro capítulo de Origins nos mostra a formação da facção dos Turbantes Amarelos, sua corrupção e, em seguida, sua queda. É uma história de origem para, bem, a história de origem tradicional da série.

Como parte disso, também somos apresentados a um novo protagonista (que você pode nomear); um guerreiro viajante sem memória com um passado que é lentamente revelado conforme você joga. Você passará a maior parte de Dynasty Warriors: Origins jogando como esse personagem – talvez o maior indicativo de que este jogo está fazendo uma grande mudança.

Enquanto os jogos anteriores de Dynasty Warriors permitiam que os jogadores escolhessem entre dezenas de oficiais de várias facções desta história, agora você está liderando esse único personagem através de uma história que o coloca no caminho para encontrar rostos familiares (alguns dos quais serão jogáveis ao longo do caminho).

Essa é uma escolha ousada, digna de uma jogo que está buscando dar uma balançada nas coisas, e certamente oferece diferentes sensações. Embora Origins abandone o formato de mundo aberto de Dynasty Warriors 9 de 2018, ter um único personagem principal permite aos desenvolvedores criar um Modo História mais mutável.

Em vez de se mover de batalha em batalha com cenas intermediárias, você agora é colocado em um hub entre os níveis principais, podendo explorar, encontrar segredos, ajustar seu equipamento, conhecer e fazer amizade com oficiais, e participar de escaramuças para subir de nível.

Tudo isso aponta para um foco renovado em como o combate funciona em Dynasty Warriors. Embora os fãs fiquem satisfeitos em saber que a essência da ação clássica de hack ‘n’ slash permanece, há muito mais nuances aqui.

Bloqueios, paradas e esquivas são muito mais necessários ao enfrentar chefes inimigos, elementos de quebra-cabeça em miniatura foram introduzidos em certas batalhas, e habilidades especiais personalizáveis de Battle Art permitem que você ajuste seu estilo de jogo para cada tipo de arma.

Isso parece menos um experimento pelo experimento e mais um passo confiante à frente – ainda tenho a sensação familiar de ser, efetivamente, um super-herói do século II, mas o nível adicional de pensamento necessário para cada luta um-a-um ao longo do caminho é significativamente diferente.

E é esse equilíbrio entre velho e novo que define a abordagem de Origins. Esse é, sem dúvidas, um Dynasty Warriors, mas com novas ideias colocadas aqui e ali entre essa estrutura que estamos familiarizados.

Colocando de outra forma: ainda é meu lugar de conforto, mas com uma novos móveis.