Indie Selects para setembro de 2025: destaques que desafiam os gêneros

Imagem de Indie Selects

Todas as quartas-feiras, visite o Indie Select Hub, seu acesso a uma coleção de jogos indie selecionados e quatro novos destaques temáticos a cada semana. Você pode encontrar essa coleção na Loja Xbox e em xbox.com/pt-BR/games/indie-selects.


Mensalmente, a equipe ID@Xbox tem o privilégio de explorar dezenas de títulos de nossos parceiros indie de publicação e desenvolvimento para selecionar experiências excepcionais que acreditamos que você irá apreciar. Esses jogos variam entre joias altamente refinadas a aventuras absurdas e histórias profundamente comoventes.

Este mês, selecionamos seis Indie Selects que ultrapassam os limites do gênero de maneiras empolgantes. Seja um jogo de tiro em primeira pessoa com mecânica de construção de decks, um jogo de tática baseado em combos ou um título de terror de sobrevivência onde os inimigos se fundem com os mortos. Essas escolhas reimaginam gêneros familiares e os levam a lugares ousados e inesperados.

Aqui estão os jogos que temos para você este mês (sem nenhuma ordem específica):

Cronos: The New Dawn

Steven Allen: quando joguei Cronos: The New Dawn pela primeira vez, pensei que estava pronto para mais uma aventura de terror e sobrevivência. Mas não estava. Este jogo não se limita a te atacar com monstros — ele o coloca em um mundo onde cada decisão, cada recurso e cada erro parecem ser os últimos.

Você joga como o Viajante, um agente do Coletivo, enviado para lutar contra a “Mudança” — uma catástrofe que transformou a humanidade em criaturas aterrorizantes conhecidas como Órfãos.

O que destaca Cronos é seu cenário duplo: em um momento você está navegando por um futuro pós-apocalíptico em ruínas, no outro você é levado para a Polônia dos anos 80, revivendo momentos de um mundo que não existe mais. A constante alternância entre os dois mundos mantém você inquieto e envolvido na mesma medida.

A história não foi a única coisa que me impressionou, porque a jogabilidade fez o mesmo. Os recursos são escassos, o inventário é limitado e cada encontro parece que pode sair do controle. Rapidamente aprendi que derrotar um Órfão não significa que a luta acabou.

Se você não queimar seus restos mortais ou descartá-los adequadamente, outros inimigos podem se fundir com seus corpos, evoluindo para ameaças ainda mais mortais. Essa mecânica por si só me fez repensar cada movimento, avaliando se eu poderia poupar fósforos ou combustível.

Cronos: The New Dawn não está aqui para confortá-lo. Está aqui para desafiá-lo, assustá-lo e fazê-lo pensar duas vezes sobre cada passo que dá. E, sinceramente? É isso que o torna inesquecível.

Dorfromantik

Oscar Polanco: Dorfromantik é um jogo relaxante de construção de peças que combina estratégia e relaxamento. Você começa com uma pilha de peças hexagonais, cada uma representando elementos como florestas, casas, campos, rios, trilhos de trem ou campos agrícolas.

Posicioná-las é simples, mas há uma estratégia para isso: combinar peças adjacentes desbloqueia tipos de peças com pontuações mais altas e pode desbloquear missões para obter peças especiais adicionais.

À primeira vista, Dorfromantik é uma experiência zen com um belo estilo artístico e musical, mas por trás disso há um elemento altamente estratégico, onde cada peça é importante.

Para ajudar você a ter a experiência que deseja, ele também oferece vários modos de jogo: o Clássico é a experiência principal, semelhante a um jogo de tabuleiro; o Criativo oferece liberdade total; o Rápido oferece um conjunto menor de peças; o Difícil oferece peças e desafios mais complexos; e o Mensal faz com que todos os jogadores recebam o mesmo conjunto de peças e compitam pela maior pontuação no placar.

O que mais se destaca em Dorfromantik é a facilidade com que se pode iniciar uma sessão rápida de jogo casual e voltar mais tarde para continuar exatamente de onde parou. O que fica registrado não é apenas a pontuação alcançada, mas também as paisagens criadas.

Cada tabuleiro se transforma em uma história moldada por suas escolhas, seja uma extensa rede ferroviária ou uma aconchegante cidade ribeirinha, uma fuga suave e reflexiva que recompensa sua paciência e imaginação. Dorfromantik é estratégia, mas também é arte.

Jotunnslayer: Hordes of Hel

Raymond Estrada: o que não faltam são jogos roguelike de sobrevivência contra hordas e, sinceramente, não poderia estar mais feliz com isso. É um gênero muito gratificante para mim, mas estou sempre à procura de algo que se destaque dos outros. É aí que entra Jotunnslayer: Hordes of Hel. Este jogo integra perfeitamente a mitologia nórdica à sua jogabilidade, oferecendo visuais impressionantes e, ao mesmo tempo, inovando de forma inteligente a fórmula tradicional.

Conforme é comum em jogos desse gênero, os jogadores são desafiados a sobreviverem a ondas de inimigos cada vez mais intensas em um mapa aberto, com ganhos de XP que permitem adicionar melhorias – neste caso, o favor de deuses nórdicos escolhidos aleatoriamente.

Ao contrário da maioria dos jogos de sobrevivência contra hordas, Jotunnslayer oferece a flexibilidade de controle perfeita: podendo alternar entre mira automática e mira com dois joysticks simplesmente ativando ou desativando o joystick analógico direito, sem precisar alternar entre menus.

Duas coisas que realmente me chamaram a atenção enquanto jogava foram o nível de acabamento e a rejogabilidade. Os visuais são impressionantes, com campos de batalha devastados pela guerra e efeitos de ação que nunca parecem desagradáveis ou perturbadores. A interface do usuário e a arte visual também são nítidas e estilizadas, e a música sempre parece épica na medida certa.

A jogabilidade tem uma profundidade enorme que eu ainda nem comecei a explorar. Subclasses, árvores de habilidades para classes e deuses, armas desbloqueáveis, skins de personagens e muito mais. Se você gosta de jogos do tipo “Horde-survivor”, como Vampire Survivors, ou roguelikes, como Hades, este pode facilmente entrar na sua lista de jogos.

Teenage Mutant Ninja Turtles: Tactical Takedown

Raymond Estrada: a maioria dos jogos de tática por turnos que já joguei se baseia fortemente em temas de fantasia ou hipermilitaristas (ou ambos). Então, quando soube que havia um jogo ambientado no mundo das Tartarugas Ninja, minha criança interior de 8 anos não conseguiu evitar de cantarolar a música tema. Mas então meu cérebro adulto cético interveio: “isso realmente funcionaria?” Fico feliz em informar que não só funciona, como funciona muito bem.

O jogo começa com as Tartarugas em uma encruzilhada. Sem a orientação de seu mestre, e sob o caos provocado por seu inimigo de longa data, elas se encontram à deriva. Mas com uma nova ameaça surgindo, a história e o cenário do jogo alcançam um equilíbrio entre o charme divertido da série animada original das Tartarugas e o tom mais sombrio e sério da série de quadrinhos da IDW.

Como fã de longa data das Tartarugas Ninjas, o tom me pareceu familiar em espírito, porém com uma mudança cativante em relação às aventuras centradas na equipe que estamos acostumados a ver.

Esta experiência compacta coloca os fãs da franquia em um jogo de estratégia acessível e inteligente, repleto de movimentos habilidosos e uma história sólida fiel ao legado das Tartarugas. Cada um dos níveis é uma missão solo realizada por uma das tartarugas, mostrando suas habilidades únicas.

O ritmo do jogo é surpreendentemente rápido, graças a seis pontos de ação por turno e um campo de batalha repleto de capangas frágeis. Muitas vezes, parece que você está cortando o tabuleiro incansavelmente. Mas não seja imprudente, pois esses capangas irracionais podem rapidamente dominá-lo e, com apenas seis pontos de vida e três continuações (uma referência aos jogos clássicos de arcade), cada movimento é importante. Tactical Takedown aumenta os riscos ao avaliar seu desempenho com um sistema de pontuação no estilo arcade.

Nos últimos 35 anos, a franquia construiu um legado impressionante nos videogames em quase todas as gerações de consoles, mas com jogos como Tactical Takedown, estamos vendo a franquia se expandir para novos gêneros sem perder sua identidade central. Este pode ser curto, mas é uma experiência divertida e satisfatória que facilmente ganha seu lugar ao lado dos jogos clássicos das Tartarugas.

Ra Ra Boom

Jessica Ronnell: se você adora jogos de luta side-scrolling com um toque moderno, Ra Ra Boom é um jogo que você vai querer ter no seu radar. Ele combina a ação clássica dos jogos de luta arcade com visuais vibrantes e uma equipe de heroínas ferozes e espirituosas que trazem personalidade a cada soco.

Eu comecei a jogar Ra Ra Boom esperando uma divertida viagem ao passado, mas descobri um jogo que é ao mesmo tempo nostálgico e inovador. Os controles precisos tornam cada combinação gratificante, e os diversos personagens me incentivaram a experimentar diferentes estilos de jogo. Pessoalmente, eu me identifiquei com Saida, cuja velocidade e movimentos especiais tornavam cada luta eletrizante.

O que realmente me impressionou foi o ritmo da jogabilidade. É mais do que apenas apertar botões; trata-se de sincronização, fluidez e encontrar o seu ritmo. Definitivamente, há uma curva de aprendizado, mas quando você atinge o ponto ideal, é incrivelmente satisfatório. Os fãs de jogos como Streets of Rage 4 ou River City Girls vão achar essa progressão natural e emocionante.

Seja pelo combate estiloso, pelos personagens peculiares ou pela pura emoção de derrotar ondas de inimigos, Ra Ra Boom não decepciona. Este jogo recompensa a persistência e a criatividade — e, francamente, é muito divertido de jogar.

Friends vs Friends

Deron Mann: Friends vs. Friends é uma abordagem interessante ao gênero FPS, pois combina a adorada fórmula dos jogos de tiro em arena com jogos de construção de baralhos — e os resultados são estranhamente cativantes. Os jogadores escolhem entre um conjunto de personagens com formas humanas e entram em combates em arena por rodadas. Assim como nos jogos de tiro em arena tradicionais, o conhecimento do mapa, o equipamento e a boa pontaria são importantes aqui, mas entender como as cartas funcionam é o componente mais vital.

Enquanto você percorre o mapa e enfrenta seus inimigos, cartas com poder de mudar o jogo ficam à sua disposição. Algumas cartas congelam a arma do seu oponente, outras lhe dão uma espada samurai ou um rifle de precisão, e outras ainda podem destruir todo o mapa, deixando você e seu oponente em um terreno baldio desolado até a próxima rodada. É uma maneira fantástica de fazer com que um gênero familiar pareça novo a cada rodada.

Vou ser sincero e admitir que não sou o melhor neste jogo – quer dizer, tenho boa pontaria, mas não sou muito bom em construir baralhos e estudar o meta, mas isso não me impediu de me divertir. Acho que o que realmente me faz voltar a jogar é o que envolve a jogabilidade principal – a apresentação é incrível! A música é ótima, os modelos dos personagens são limpos e as cartas? Bem, se o desenvolvedor decidir vender cartas físicas em algum momento, serei o primeiro da fila!