Dungeons of Hinterberg captura bem o clima de férias (com algumas matanças de monstros)

Há um clássico dilema para está de férias: a gente sai por aí para visitar novos lugares ou só ficamos de boa, relaxando?

Quando comecei a jogar as primeiras 5 horas de Dungeons of Hinterberg, não esperava por um jogo que captura tão perfeitamente o sentimento que tive em toda viagem real que fiz. E ainda assim, com uma mistura inteligente de ação com quebra-cabeças e elementos sociais à lá Persona, foi exatamente isso que me vi pensando nas primeiras fases do jogo.

Dungeons of Hinterberg tem uma premissa única e até curiosa: ele é ambientado no nosso mundo, mas pelo fato de que, há três anos, misteriosas masmorras surgiram ao redor do globo, repletas de monstros inspirados no folclore e oferecendo poderes mágicos àqueles que viajam até lá.

Assumimos o papel de Luisa, uma advogada desiludida que viajou para Hinterberg – uma pitoresca cidade turística austríaca que criou uma indústria turística em torno de suas 25 novas masmorras – para umas férias.

Embora possa ser uma simples premissa de história, o sentido de férias forma toda a estrutura do jogo. Cada dia em Hinterberg é dividido em:

Manhã (geralmente acompanhada por uma sequência de história)

Meio-dia (onde você pode decidir explorar os 4 biomas do jogo e entra nas masmorras – ou simplesmente relaxar para aumentar as estatísticas)

Tarde (onde você pode encontrar outros personagens na cidade para vários benefícios)

Noite (onde você pode ir para a cama ou adicionar mais aos seus aumentos de estatísticas para o dia, mas com uma penalidade por ficar acordado até tarde).

Isso cria um ciclo que constantemente faz você avaliar e reavaliar o que é melhor para Luisa, sem mencionar sua própria curiosidade.

A estrutura geral aqui tem a sensação de um jogo da série Persona: você só tem um número limitado de ações por dia, e há muitos personagens para conhecer e estatísticas sociais para subir de nível, que vêm com seus próprios benefícios.

Você pode apenas querer passear por um tempo, já que Hinterberg e seus arredores são lindos, renderizados em um estilo de quadrinhos de linhas finas e cores ousadas, um visual literal de cartão-postal – mas quem você escolhe encontrar pela cidade vem com consequências significativas.

Sistemas mecânicos inteiros estão condicionados à amizade deles, e é uma compulsão constante descobrir o que você quer a seguir.

Eu quero sair com o jornalista abrasivo Travis, que desbloqueia um modo de foto, ou com a ferreira amargurada Hannah, que pode me ajudar a melhorar meu equipamento de novas maneiras?

Mas a outra metade de Dungeons of Hinterberg oferece uma experiência completamente diferente. Os hubs do mundo escondem segredos para descobrir e monstros para derrotar, enquanto as masmorras contidas neles são experiências de quebra-cabeças de ação bem elaboradas por si só, trazendo à mente jogos como Zelda, Tomb Raider e até ocasionalmente fases de Mario Bros.

Não entrarei em muitos detalhes aqui por medo de spoilers – descobrir os truques das masmorras faz parte do charme do jogo – mas você rapidamente vai perceber que cada novo teste pode ser extremamente variado. Alguns são combates de resistência, outros cheios de quebra-cabeças mecânicos, e alguns trazem mudanças completas de perspectiva, transformando brevemente o game em um jogo de plataforma lateral ou em uma aventura isométrica.

Essa variedade é auxiliada pelo sistema de magia do jogo: cada bioma oferece novos feitiços, mas eles só podem ser usados nesse bioma, o que significa que você está efetivamente reaprendendo a usar suas habilidades em cada novo lugar, permitindo que a desenvolvedora Microbird crie experiências novas em cada local O fato de que cada feitiço pode ser usado para exploração e combate só aumenta a diversão.

O combate é rápido e orientado para a ação, oferecendo uma variedade de movimentos, habilidades desbloqueáveis e um precioso rolamento de esquiva, e você rapidamente ajudará Luisa a se transformar de uma turista em uma matadora autêntica.

Junte isso com sistemas de equipamentos inspirados em RPG e um conjunto de mecânicas criadas e expandidas em uma ordem que você ajuda a escolher, e você tem um coquetel verdadeiramente compulsivo.

Mas mantendo tudo isso junto está aquele clima de férias preguiçosas – isso nunca parece um jogo estressante, como se você estivesse sendo empurrado de um momento da história para outro. Em vez disso, tenho escolhido passar alguns dias explorando e outros relaxando, sabendo que estou sempre construindo minhas estatísticas de alguma forma, livre para explorar este estranho destino no meu lazer.

Essa é uma sensação verdadeiramente incomum para um jogo de ação transmitir, e uma sobre a qual tenho certeza que estarei pensando muito além da minha estadia.

Dungeons of Hinterberg chega ao Xbox Series X|S, Xbox One, PC Windows e pela Nuvem em 18 de julho. Jogue no dia do lançamento com Xbox Game Pass e PC Game Pass.